A autarquia planeou as cartas com base na sua necessidade de habitação, conforme afirmou o Secretário de Estado da Habitação durante uma apresentação realizada no exterior da Casa da Música no Porto. Chamado de “Cartas Municipais – 1ª Geração”, este evento aconteceu hoje.
Marina Gonçalves explicou que, assim como a PNH, as cartas do programa municipal de habitação também se enquadram na Lei de Moradia Básica. Ela explicou que o governo decidiu não regulamentá-los porque “o trabalho é tão diferente dos municípios” que determinar como construir esses instrumentos deve ser abordado de forma diferente.
Ao discutir as Cartas Decreto com o governo, é importante entender como transportar as diferentes realidades das pessoas que vivem nos municípios. Por isso precisamos sempre de um diálogo sobre marcos, disse o deputado.
O secretário de Estado observou que a proposta de solução de alvará de habitação municipal já estava sendo considerada pelo governo. Ele também afirmou que qualquer plano governamental resultante seria considerado uma prioridade para a administração.
Marina Gonçalves considera desnecessária a implementação deste regulamento porque eliminaria a finalidade das Cartas Municipais de Habitação. Ela ressalta a importância desses instrumentos, que serão implementados em cada município juntamente com seus respectivos planos de uso do solo.
O debate centrou-se nos temas da habitação municipal e contou com vários oradores. Entre eles, Pedro Baganha, vice-presidente da Câmara do Porto; a vereadora da Habitação e Obras Municipais Filippa Roseta da Câmara de Lisboa; e presidente da Associação Portuguesa de Habitação Municipal (APHM) — nessa ordem.
Para além da regulamentação, discute-se também a importância desta ferramenta para o acesso ao financiamento comunitário, nomeadamente o Plano de Recuperação e Reabilitação (PRR) e Portugal 2030, e a importância de conhecer a localização das habitações devolutas na cidade. Eles vivem em moradias dignas.
“Se conseguirmos realocar algumas das habitações devolutas, vamos resolver parte do problema, que é um grande problema da habitação”, frisou Filipa Roseta, salientando que em Lisboa (começando a projetar o concelho de cerca de 48.000 censo) A casa está vazia.
“Portugal fornece 6 milhões de casas para 4 milhões de famílias. Porque é que temos um problema de habitação”, questionou o presidente da APHM, salientando a necessidade de identificar casas devolutas noutras cidades para “resolver o problema populacional” e “aliviar a pressão”. centro da cidade grande
A cidade do Porto tem cerca de 20 mil alojamentos devolutos ou desocupados, e a Carta Municipal de Habitação, iniciada há cerca de um mês, também contribui para a “urgência de implementação de políticas públicas”, sublinham os vereadores do Urbanismo
“A carta pode ser uma ferramenta para a construção e criação de cápsulas descrevendo várias políticas e ações”, disse Pedro Baganha, acrescentando que a ferramenta poderá tornar-se “um ficheiro único, abrangente e propositado” e tem uma “troca de papéis na administração da “cidade portuguesa” .
O Fórum da Habitação, promovido pela Associação Portuguesa de Habitação Municipal e pela Câmara Municipal do Porto, visa partilhar experiências entre municípios e identificar dificuldades e soluções na habitação.